segunda-feira, 21 de outubro de 2013

PLANO DE AULA

 PLANO DE AULA



I. Plano de Aula: 01 DE OUTUBRO DE 2013
II. Dados de Identificação:
Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Deputado Álvaro Gaudêncio
Professor (a): Cícero Agra
PIBDIANOS: Arthur Henrique, Arthur Rodrigues, Jessica Mendes, Juliana Falcão
Disciplina: História
Série: 3º
Turma: C

III. Tema:
Revolução de 30

IV. Objetivos:

Objetivo geral: Despertar nos alunos consciência critica referente as diversas relações de poder e saber na qual a sociedade estava envolvida na década de 1920 e 1930
Objetivos específicos:
- Reflexão acerca dos diversos fatores que levaram a morte de João Pessoa.
- Entender a Paraíba no período de 1930

V. Recursos didáticos: Filme: PARAHYBA MULHER MACHO

VI. Avaliação:
- Duas redações: 1. Sobre o filme em questão. 2. Sobre Anayde Beiriz

- critérios adotados para correção das atividades. Coesão, coerência e domínio do conteúdo.

VII. Bibliografia: PARAYBA MULHER MACHO. Direção:Tizuka Yamasaki. Elenco: Cláudio Marzo, José Dumont, Oswaldo Loureiro, Tânia Alves, Walmor Chagas e outros. Gênero: Drama. Brasil. Colorido. 87 min. Ano: 1983

Texto de Introdução a III Unidade

Tempos de Mudanças
Ao longo da década de 1920, a política brasileira – inserida numa prática liberal-autoritária, em que a convivência entre um liberalismo econômico e a política regida pelos grandes latifúndios resultou, quase sempre, em compromissos de parte das elites em torno de uma ordem não afeita a uma participação política mais ampla (Mercadante, 1980) – se depara com uma incapacidade em dar conta de uma estrutura social, econômica e cultural que, em se tratando, certamente, das grandes cidades do país de então (Rio de Janeiro e São Paulo), começava a sentir os reflexos, inclusive na geografia material desses centros urbanos, de um processo de modernização. Evidencia-se, pois, o ocaso do sistema político-econômico agro-exportador, ainda mais a partir da Revolução de 1930, quando oligarquias menos comprometidas com o sistema mencionado – sem serem necessariamente industrialistas, note-se bem – tomam o poder.
Em um período de quinze anos, cuja arquitetura política foi inegavelmente conduzida de forma central por Getúlio Vargas, fermenta entre distintos setores das elites brasileiras um ideário político dia a dia distanciado do liberalismo, dialogando com um amplo espectro ideológico; contudo, marcadamente antiliberal e reivindicador de um fortalecimento do Estado. Disso resulta – e não só no Brasil-uma modernização autoritária: as propostas antiliberais, por vezes passadistas e regressistas, adotariam intenções ‘progressistas’, que viam na técnica e na ciência, desde que postas a serviço de uma nova ordem comandada pelo Estado, as soluções para os descaminhos aos quais conduziram a República Velha. Neste sentido, era imperativa a construção – geográfica, jurídica, histórica, social e cultural – do Estado-Nação.Claro que no meio de tudo isso também é de suma importância percebemos as mudanças Culturais provocadas pelo Movimento Modernista e pelo próprio feminismo,tão bem representado na Paraíba pela professora Anayde Beiriz.



sábado, 5 de outubro de 2013

2º LISTA DE QUESTÕES SOBRE REPUBLICA VELHA


11. (IFBA 2012) Leia. 

O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião 
(Trecho de Cordel) 

Foi Virgulino Ferreira 
Pobre homem injustiçado 
E por isto vingativo 
Se tornou um acelerado, 
Se a justiça fosse reta 
Nem jornalista ou poeta, 
O teria decantado. 
(...) 
Embora seja criança 
Com meus 15 anos de idade 
Pude ver em Lampião 
Vítima da sociedade. 
Talvez ele em outro meio 
(Posso dizer sem receio) 
Era útil à humanidade ! (...) 
CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr, Roberto. História: texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 499. 

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante 
a) das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro. 
b) das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem. 
c) dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos. 
d) das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome. 
e) das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região. 

12. (Uerj 2012) 


O cangaço representou uma manifestação popular favorecida, basicamente, pela seguinte característica da conjuntura social e política da época: 
a) cidadania restringida pelo voto censitário 
b) analfabetismo predominante nas áreas rurais 
c) criminalidade oriunda das taxas de desemprego 
d) hierarquização derivada da concentração fundiária 

13. (Unesp 2012) Nunca se viu uma campanha como esta, em que ambas as partes sustentaram ferozmente as suas aspirações opostas. Vencidos os inimigos, vós lhes ordenáveis que levantassem um viva à República e eles o levantavam à Monarquia e, ato contínuo, atiravam-se às fogueiras que incendiavam a cidade, convencidos de que tinham cumprido o seu dever de fiéis defensores da Monarquia. 
(Gazeta de Notícias, 28.10.1897 apud Maria de Lourdes Monaco Janotti. Sociedade e política na Primeira República.) 

O texto é parte da ordem do dia, 06.10.1897, do general Artur Oscar e trata dos momentos finais de Canudos. Para o militar, o principal motivo da luta dos canudenses era a 
a) restauração monárquica, embora hoje saibamos que a rejeição à República era apenas uma das razões da rebeldia. 
b) valorização dos senhores rurais, ligados ao monarca, cujo poder era ameaçado pelo crescimento e enriquecimento das cidades. 
c) restauração monárquica, que, hoje sabemos, era de fato a única razão da longa resistência dos sertanejos.    
d) valorização do meio rural, embora hoje saibamos que Antônio Conselheiro não apoiava os incêndios provocados por monarquistas nas cidades republicanas. 
e) restauração monárquica, o que fez com que a luta de Antônio Conselheiro recebesse amplo apoio dos monarquistas do sul do Brasil. 

14. (Uerj 2012) Cheio de apreensões e receios despontou o dia de ontem, 14 de novembro de 1904. Muito cedo tiveram início os tumultos e depredações. Foi grande o tiroteio que se travou. Estavam formadas em toda a rua do Regente, estreita e cheia de casas velhas, grandes e fortes barricadas feitas de montões de pedras, sacos de areia, bondes virados, postes e pedaços de madeira arrancados às casas e às obras da avenida Passos. 
Jornal do Comércio, 15/11/1904 . Adaptado de Nosso Século (1900-1910). São Paulo: Abril Cultural, 1980. 

O progresso envaidecera a cidade vestida de novo, principalmente inundada de claridade, com jornais nervosos que a convenciam de ser a mais bela do mundo. Era a transição da cidade doente para a maravilhosa. 
PEDRO CALMON (historiador / 1902-1985). Adaptado de Nosso Século (1900-1910). São Paulo: Abril Cultural, 1980. 

Os textos referem-se aos efeitos da gestão do prefeito Pereira Passos (1902-1906), momento em que a cidade do Rio de Janeiro passou por uma de suas mais importantes reformas urbanas. Uma intervenção de destaque foi a abertura da avenida Central, hoje avenida Rio Branco, provocando não só elogios, como também conflitos sociais. A principal motivação para esses conflitos esteve relacionada à: 
a) restrição ao comércio popular 
b) devastação de áreas florestais 
c) demolição de moradias coletivas 
d) elevação das tarifas de transporte 

15. (Unesp 2012) A Coluna Prestes, que percorreu cerca de 25 mil quilômetros no interior do Brasil entre 1924 e 1927, associa-se 
a) ao florianismo, do qual se originou, e ao repúdio às fraudes eleitorais da Primeira República. 
b) à tentativa de implantação de um poder popular, expressa na defesa de pressupostos marxistas. 
c) ao movimento tenentista, do qual foi oriunda, e à tentativa de derrubar o presidente Artur Bernardes. 
d) à crítica ao caráter oligárquico da Primeira República e ao apoio à candidatura presidencial de Getúlio Vargas. 
e) ao esforço de implantação de um regime militar e à primeira mobilização política de massas na história brasileira. 

16. (Uff 2012) A chamada República Velha, no Brasil, também conhecida como “República Oligárquica”, é normalmente caracterizada como um período de amplo acordo entre os grupos dominantes regionais, quase sem fissuras entre os poderosos do país. Um olhar mais cuidadoso, porém, demonstra que, desde o início, as disputas entre esses grupos se fizeram presentes. No início da década de 1920, as frações de classe que dominavam os estados do Rio de Janeiro, Pernambuco e Rio Grande do Sul se aliaram, na disputa pela Presidência da República, para enfrentar o acordo entre São Paulo e Minas Gerais – a política do café com leite. Esse movimento ficou conhecido como 
a) Reação Republicana. 
b) Convênio de Taubaté. 
c) Frente Ampla. 
d) União Democrática Nacional. 
e) Campanha Civilista. 

17. (Ufpa 2012) Acerca da natureza e dinâmica da economia exportadora brasileira durante o Império (1822-1889) e a Primeira República (1889-1930), é correto dizer que 
a) a borracha se tornou não somente o principal produto de exportação da região amazônica, mas o segundo produto brasileiro da pauta de exportações, apenas atrás do café, sendo a exportação da borracha uma importante atividade no cenário econômico brasileiro. 
b) houve a hegemonia da produção açucareira; o açúcar de cana brasileiro foi beneficiado pela expansão de mercados consumidores europeu e norte-americano, face ao aumento do consumo de cafés, chás e chocolates nos países desenvolvidos. O açúcar de beterraba de origem russa, entretanto, ocupava uma posição cada vez mais secundária. 
c) houve o declínio da economia lastreada na cafeicultura por conta do fim da escravidão, uma vez que o trabalho escravo havia sido o suporte da produção do café, tanto que era comum se dizer que “O Brasil era o café, o café era o escravo”; consequentemente o Brasil passou à condição de importador do café de origem africana. 
d) não houve qualquer vínculo entre o processo de industrialização brasileiro e a economia agroexportadora, uma vez que a indústria no Brasil surgiu do trabalho e de investimentos de imigrantes europeus recém-chegados e instalados em centros urbanos. Os brasileiros vinculados à economia agroexportadora mantiveram-se, assim, afastados. 
e) a economia da borracha, apesar de sua importância na geração de riquezas na região amazônica, teve tal importância restrita ao norte do Brasil, uma vez que entre os principais produtos brasileiros exportados a borracha ficava entre os últimos, por isso mesmo tornou-se incapaz de gerar recursos para a nação como um todo. 

18. (Upf 2012) A República Velha (1889-1930) no Brasil teve na chamada “Política dos Governadores” um dos seus elementos mais caracterizadores. O objetivo desta política era: 
a) Fortalecer o poder central diante do fortalecimento das oligarquias estaduais. 
b) Dissolver as oligarquias rurais, concentrando o poder nos governos estaduais. 
c) Promover o fortalecimento da Federação do Brasil, dividindo o poder entre Estados fortes e fracos no país. 
d) Enfraquecer as alianças oligárquicas estaduais que comprometessem nas eleições a sucessão presidencial.    
e) Harmonizar os interesses dos Estados mais ricos, ao mesmo tempo em que favorecia os objetivos do poder central em relação à política nacional. 

19. (Unicamp simulado 2011) A reação popular conhecida como Revolta da Vacina se distinguiu pelo trágico desencontro de boas intenções: as de Oswaldo Cruz e as da população. Mas em nenhum momento podemos acusar o povo de falta de clareza sobre o que acontecia à sua volta. Ele tinha noção clara dos limites da ação do Estado. 
(Adaptado de José Murilo de Carvalho, “Abaixo a vacina!”. Revista Nossa História, ano 2, nº 13, novembro de 2004, p. 74.) 

A Revolta da Vacina pode ser considerada como uma reação popular contra a ação do Estado porque 
a) o povo não se revoltava contra a obrigatoriedade da vacinação, mas contra os meios violentos pelos quais o Estado a executava, demolindo cortiços e expulsando os pobres para os morros. 
b) o povo se revoltava contra certas medidas do governo, como a expulsão de moradores e a demolição de cortiços para a abertura de avenidas, e a vacinação obrigatória, realizada com intervenção violenta da polícia. 
c) o povo se revoltava contra a ação do Estado, por considerá-la um desrespeito à moral das famílias, embora desejasse a vacinação gratuita e obrigatória. 
d) o povo se revoltava contra a obrigatoriedade da vacinação porque essa medida era tomada por um governo ditatorial, que fechou o congresso nacional e ficou conhecido como “república da espada”. 

20. (Uerj 2011) Nós, marinheiros, cidadãos brasileiros e republicanos, mandamos esta honrada mensagem para que Vossa Excelência faça aos marinheiros brasileiros possuirmos os direitos sagrados que as leis da República nos facilitam. Tem Vossa Excelência 12 horas para mandar-nos a resposta satisfatória, sob pena de ver a Pátria aniquilada. 
Adaptado do memorial enviado pelos marinheiros ao presidente Hermes da Fonseca, em 1910. 
In: MARANHÃO, Ricardo e MENDES JUNIOR, Antônio. Brasil história: texto e consulta. São Paulo: Brasiliense, 1983. 

Os participantes da Revolta da Chibata (1910-1911) exigiam direitos de cidadania garantidos pela Constituição da época. 

As limitações ao pleno exercício desses direitos, na Primeira República, foram causadas pela permanência de: 
a) hierarquias sociais herdadas do escravismo. 
b) privilégios econômicos mantidos pelo Exército. 
c) dissidências políticas relacionadas ao federalismo. 

d) preconceitos étnicos justificados pelas teorias científicas.
21(enem – 2010) Canudos foi um movimento social que ocorreu no sertão baiano, na década de 1890, que redundou em uma das maiores guerras do início da república no Brasil. A guerra de Canudos se tornou símbolo da resistência sertaneja aos desmandos dos coronéis.
As ruínas do povoado de Canudos, no sertão norte da Bahia, além de significativas para a identidade cultural, dessa região, são úteis às investigações sobre a Guerra de Canudos e o modo de vida dos antigos revoltosos. Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de
a) objetos arqueológicos e paisagísticos.
b) acervos museológicos e bibliográficos.
c) núcleos urbanos e etnográficos
d) práticas e representações de uma sociedade.
e) expressões e técnicas de uma sociedade extinta.
22 ( enem- 2010)
A serraria construía ramais ferroviários que adentravam as grandes matas, onde grandes locomotivas com guindastes e correntes gigantescas de mais de 100 metros arrastavam, para as composições de trem, as toras que jaziam abatidas por equipes de trabalhadores que anteriormente passavam pelo local. Quando o guindaste arrastava as grandes toras em direção à composição de trem, os ervais nativos que existiam em meio às matas eram destruídos por este deslocamento.
(MACHADO P. P. Lideranças do Contestado. Campinas: Unicamp. 2004 (adaptado).
No início do século XX, uma série de empreendimentos capitalistas chegou à região do meio-oeste de Santa Catarina – ferrovias, serrarias e projetos de colonização. Os impactos sociais gerados por esse processo estão na origem da chamada Guerra do Contestado. Entre tais impactos, encontrava-se
a) a absorção dos trabalhadores rurais como trabalhadores da serraria, resultando em um processo de êxodo rural.
b) o desemprego gerado pela introdução das novas máquinas, que diminuíam a necessidade de mão-de-obra.
c) a desorganização da economia tradicional, que sustentava os posseiros e os trabalhadores rurais da região.
d) a diminuição do poder dos grandes coronéis da região, que passavam disputar o poder político com os novos agentes.
e) o crescimento dos conflitos entre os operários empregados nesses empreendimentos e os seus proprietários, ligados ao capital internacional.

23  (Enem – 2010)
Charge capa da vevista “O Malho”, de 1904. Disponível em: http://1.bp.blogspot.com
A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela
a) a insatisfação da população com os benefícios de uma modernização urbana autoritária.
b) a consciência da população pobre sobre a necessidade de vacinação para a erradicação das epidemias.
c) a garantia do processo democrático instaurado com a República, através da defesa da liberdade de expressão da população.
d) o planejamento do governo republicano na área de saúde, que abrangia a população em geral.
e) o apoio ao governo republicano pela atitude de vacinar toda a população em vez de privilegiar a elite.

24 (Enem- 2011)
Até que ponto, a partir de posturas e interesses diversos, as oligarquias paulista e mineira dominaram a cena política nacional na Primeira República? A união de ambas foi um traço fundamental, mas que não conta toda a história do período. A união foi feita com a preponderância de uma ou de outra das duas frações. Com o tempo, surgiram as discussões e um grande desacerto final.
(FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).
A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealizacão de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvi mento no comércio exterior.
(TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
a) A riqueza gerada pelo café dava à oligarquia paulista a prerrogativa de indicar os candidatos à presidência, sem necessidade de alianças.
b) As divisões políticas internas de cada estado da federação invalidavam o uso do conceito de aliança entre estados para este período.
c) As disputas políticas do período contradiziam a suposta estabilidade da aliança entre mineiros e paulistas.
d) A centralização do poder no executivo federal impedia a formação de uma aliança duradoura entre as oligarquias.
e) A diversificação da produção e a preocupação com o mercado interno unificavam os interesses das oligarquias.

25 (Enem – 2009)

Como se assistisse à demonstração de um espetáculo mágico, ia revendo aquele ambiente tão característico de família, com seus pesados móveis de vinhático ou de jacarandá, de qualidade antiga, e que denunciavam um passado ilustre, gerações de Meneses talvez mais singelos e mais calmos; agora, uma espécie de desordem, de relaxamento, abastardava aquelas qualidades primaciais. Mesmo assim era fácil perceber o que haviam sido, esses nobres da roça, com seus cristais que brilhavam mansamente na sombra, suas pratas semi-empoeiradas que atestavam o esplendor esvanecido, seus marfins e suas opalinas – ah, respirava-se ali conforto, não havia dúvida, mas era apenas uma sobrevivência de coisas idas. Dir-se-ia, ante esse mundo que se ia desagregando, que um mal oculto o roía, como um tumor latente em suas entranhas.
(CARDOSO, L. Crônica da casa assassinada. Rio de Janeiro Civilização Brasileira, 2002 (adaptado)
O mundo narrado nesse trecho do romance de Lúcio Cardoso, acerca da vida dos Meneses, família da aristocracia rural de Minas Gerais, apresenta não apenas a história da decadência dessa família, mas é, ainda, a representação literária de uma fase de desagregação política, social e econômica do país. O recurso expressivo que formula literariamente essa desagregação histórica é o de descrever a casa dos Meneses como
a) ambiente de pobreza e privação, que carece de conforto mínimo para a sobrevivência da família.
b) mundo mágico, capaz de recuperar o encantamento perdido durante o período de decadência da aristocracia rural mineira.
c) cena familiar, na qual o calor humano dos habitantes da casa ocupa o primeiro plano, compensando a frieza e austeridade dos objetos antigos.
d) símbolo de um passado ilustre que, apesar de superado, ainda resiste à sua total dissolução graças ao cuidado e asseio que a família dispensa à conservação da casa.
e) espaço arruinado, onde os objetos perderam seu esplendor e sobre os quais a vida repousa como lembrança de um passado que está em vias de desaparecer completamente.

26 (Enem 2011)


Completamente analfabeto, ou quase, sem assistência médica, não lendo jornais, nem revistas, nas quais se limita a ver as figuras, o trabalhador rural, a não ser em casos esporádicos, tem o patrão na conta de benfeitor. No plano político, ele luta com o “coronel” e pelo “coronel”. Aí estão os votos de cabresto, que resultam, em grande parte, da nossa organização econômica rural.
(LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1976 (adaptado)
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
a)  igualitária, com um nível satisfatório de distribuição da renda.
b) estagnada, com uma relativa harmonia entre as classes.
c) tradicional, com a manutenção da escravidão nos engenhos como forma produtiva típica.
d) ditatorial, perturbada por um constante clima de opressão mantido pelo exército e polícia.
e) agrária, marcada pela concentração da terra e do poder político local e regional.


GABARITO
11-d, 12-d, 13-a, 14-c, 15-c, 16-a, 17-a, 18-e, 19-b, 20-a, 21-d, 22-c, 23-a, 24-c,  25-e,  26-e