domingo, 12 de maio de 2013

Uso das novas tecnologias: cinema como recurso didático pedagógico para o ensino de história.


Jéssica Salvino Mendes8
Auricélia Lopes Pereira9

RESUMO
O trabalho a seguir a partir de uma análise teórico-metodológica discute o uso 
do cinema como recurso didático pedagógico para o ensino de História nas 
salas de aula do nível médio, tendo como base pesquisas, leituras e análises 
sobre o cinema. Ao observar as necessidades da escola enquanto construtora do 
saber,atentamos para o uso das tecnologias midiáticas em sala de aula e a sua 
articulação com o ensino em História. Lembrando que o papel do professor é 
fundamental para a eficácia desta técnica, que juntamente com métodos 
plausíveis aproveitará melhor o tempo em sala de aula, tempo este que as 
escolas muitas vezes não possuem. O objetivo do professor deve ser de 
direcionar o uso do cinema bem como a exposição de filmes, relacionando-os 
junto aos conteúdos de História e provocando um olhar critico fazendo-o 
perceber que em toda fonte estão inscritas jogos de verdade de intenções, 
possibilitando a oportunidade de ver os filmes exibidos como fontes do saber 
histórico. Dessa forma é notório que cabe ao professor trazer essa reflexão aos 
alunos,de que os filmes são carregados de valores culturais, ideológicos, 
discursivos e efeitos de verdade, sendo eles construtores de possíveis realidades 
e não reflexos de verdades incontestáveis. Levantando o questionamento sobre 
possibilidade interdisciplinar dos filmes com outras disciplinas e a vantajosa 
capacidade atrativa que este recurso tecnológico pedagógico proporciona ao 
aluno no processo de ensino aprendizagem.
Palavras-Chave: Cinema;Ensino de História; Tecnologia

INTRODUÇÃO
Com as mudanças paradigmáticas ocorridas ao longo da historiografia, 
principalmente o olhar que a Escola dos Annales lança sob os documentos, 
houve a ampliação do conceito de fontes e uma maior abrangência dos objetos 
de estudo para a História.
As tecnologias midiáticas foram se inserindo, avançando e adentrando 
nos campos da educação, permitindo formas inovadoras e articulando uma 
dinâmica entre as mais diversas disciplinas escolares, afim de um melhor êxito 
na interação aluno professor, ensino e aprendizagem.
Acompanhando as mudanças ocorridas na Historia e das novas 
tecnologias, a educação e o ensino da disciplina permitiram o reconhecimento 
de novos objetos da Historia e a incorporação do cinema bem como o uso de 
filmes para apreensão dos conteúdos e melhor dinâmica escolar. Neste contexto 
é possível perceber que novas possibilidades surgem e a partir do uso e analises 
de filmes, novas percepções permitem que acontecimentos assim como 
personagens da Historia sejam vistos sob uma vertente critica. 
O uso de filmes permite ao professor chamar atenção dos alunos para 
uma melhor compreensão dos conteúdos estudados, voltando o olhar destes 
para uma perspectiva crítica diante dos acontecimentos. Essa metodologia deve 
ser aplicada de acordo com a preparação dos professores e demais agentes da 
educação, pois o êxito do método diz respeito também a como ele será aplicado 
e não somente ao resultado final do processo. Lidar com as mais diversas 
tecnologias audiovisuais deve ser um exercício onde o olhar de professores e 
alunos estejam voltados para as inovações. É preciso acompanhar e possibilitar 
em todos aqueles envolvidos no processo de ensino aprendizagem, a 
capacidade de compreender as linguagens, códigos e representações de um 
mundo atualmente segundo Kellener “bombardeado por imagens”.
Partindo dessas abordagens, propomos uma discussão teórico 
medológica pautada nos pressupostos citados acima. O uso do cinema em sala 
de aula deve auxiliar professores e proporcionar aos alunos o desejo de acesso 
ao conhecimento e um olhar para os fatos. 
USO DO CINEMA: DISCUSSÃO TEÓRICO METODOLÓGICA ACERCA 
DO ENSINO DE HISTÓRIA 
O inovado olhar historiográfico que a Nova Historia lança sob a noção de 
fonte documental, permitiu que o cinema passasse a ser considerado objeto de 
estudo do historiador. A noção de que os documentos históricos não se 
limitavam apenas as fontes escritas oficiais, permitiu que os campos da História 
se alargassem, dando a oportunidade de os filmes tornarem-se fontes para 
compreensão das ideologias, dos valores, das visões e dos momentos históricos 
de uma sociedade.
Esse novo olhar lançando pela historiografia contribuiu para que o 
cinema fosse cada vez mais aproximando-se das salas de aula, fazendo com que 
disciplinas como a própria História torne-se cada vez mais freqüente o uso de 
filmes para o processo de ensino- aprendizagem.

Mais para que este processo de ensino- aprendizagem obtenha êxito é 
preciso que uma serie de recursos metodológicos sejam discutidos e avaliados. 
Para que a exibição de filmes não torne-se momento de distração é preciso que 
uma serie de fatores seja discutidos e analisados em uma ação conjunta entre 
alunos e professores. Segundo NAPOLITANO (2011) é preciso ver o filme como 
documento histórico da sociedade, dando ênfase ao potencial pedagógico e a 
formação cultural, e não apenas ao conteúdo da obra em si. A partir do 
momento em que esta análise é feita é possível que professores e alunos
realizem um debate critico a respeito do contexto histórico, bem como 
personagens do filme, aspectos de influencias culturais.
A escolha de filmes independentes das preferências pessoais de alunos e 
professores, a preparação de um roteiro prévio, além de informações sobre 
roteiristas, diretores, completam a lista de sugestões que no olhar de Marcos 
Napolitano contribuem para as metodologias empregadas na escola.
Quando direcionamos o olhar para o ensino de Historia é importante que 
se faça uma análise sobre os estereótipos criados. É preciso compreender que ospersonagens sofrem “manipulações” e em algumas situações são influenciados 
mais pela época em que a obra foi produzida do que pelo recorte histórico a que 
ela refere-se. Necessita-se atentar para os discursos de cada sujeito, 
identificando as intenções e os efeitos de verdade e convencimento lançando 
sob olhar daqueles receptores da obra cinematográfica.
Segundo propõe FUSARI (2009) uma alternativa para melhor 
aproveitamento do tempo na exibição dos filmes e “auxilio do sucesso dessa 
experiência” encaixam-se em três momentos:
 Antes da exibição do filme;
 Depois da exibição do filme;
 Após a exibição do filme.
Antes da exibição do filme escolhido, seria interessante que o professor 
selecionasse algumas cenas principais para serem abordadas, sensibilizar os 
alunos mostrando-lhes que a experiência em sala de aula é diferente das 
demais, organização do tempo que nem sempre esta disponível, além de 
sempre abordar junto aos alunos os objetivos específicos a serem trabalhados.
Durante a exibição seria importante que tanto professores quanto alunos 
observassem efeitos sonoros, enquadramentos das cenas, além de aspectos 
tecnológicos que envolvem a trama.

Logo após a exibição da obra cinematográfica o desenvolvimento de uma 
conversa entre os próprios alunos e o professor seria um ponto significativo a 
ser abordado. A dinâmica de um debate gerado permitiria que cada um 
demonstrasse sua opinião a respeito das emoções e impressões, sem esquecer 
da importância analítica e critica que deve ser dada ao filme e seus 
personagens.
Ainda segundo BEHAR (2010, p. 302) o recurso de fichas de leituras 
logos após o filme seria um método bem eficaz, pois permitiria que professores 
e alunos organizassem suas idéias. Dar algumas ‘pistas’ aos alunos segundo o 
que a obra propõe seria interessante desde que isto não condicionasse o olhar 
do aluno em uma única direção.

O OLHAR DO PROFESSOR: DESAFIOS E EXITOS COM O USO DO 
CINEMA EM SALA DE AULA
A abordagem de tecnologias midiáticas bem como o uso do cinema em 
sala de aula vem sendo reconhecido ao longo do tempo como recurso didático 
pedagógico importante e eficaz para o ensino de História. Para o engajamento e 
utilização desta pratica no universo escolar o “sujeito” professor não aparece 
apenas como responsável pela inserção desses métodos; bem como é de sua 
responsabilidade disponibilizar aos seus alunos as mais diversas interpretações 
dos filmes exibidos, assim como suas faltas para com as possíveis 
representações do passado, além da incorporação de produções 
cinematográficas alternativas. Segundo Regina Maria Rodrigues Behar:
... o papel do professor de história é disponibilizar as 
versões possíveis do passado, buscando revelar suas 
imperfeições, as lacunas que permitem a critica; e por na
mesa de trabalho, ou seja, na sala de aula, as versões não 
oficiais, inclusive os documentários e ficções alternativos 
ao cinema comercial, fazendo-os dialogar com outros 
textos e problematizando os mesmo, enquanto tentativa 
de ‘verdade’ (BEHAR, 2010, p.302)
A partir das perspectivas apontadas por Behar é possível perceber que o 
desempenho do professor perante as mídias audiovisuais consiga ir além da 
análise interna e externa do filme. A inserção de produções alternativas como 
cinema independente, filmes experimentais em sala de aula, permitem ao 
professor ir além dessas propostas, proporcionando assim um conhecimento 
mais aprofundado do lugar de produção de cada filme, permitido aos seus 
alunos o conhecimento da noção de “espetacularização” que muitas produções 
fazem de “filmes históricos”. Todo esse espetáculo feito em torno dos filmes faz 
com que este aproprie-se do fato histórico, contribuindo mais uma vez para 
reprodução desse estereótipo.
A possibilidade da exibição do making of dos filmes é uma alternativa 
apontada por Behar. Ela poderia ser incorporada pelo professor em sala, como 
forma de atestar que o trabalho por trás das grandes telas nos leva a uma 
realidade menos fantasiosa e talvez menos manipulada.
A participação ativa do professor na inclusão de filmes bem como mídias 
audiovisuais na escola exige deste antes de tudo preparação adequada. Para 
que esta metodologia não torne-se vazia levando a um “lugar nenhum”, é 
necessário que o professor tenha, certa ciência das linguagens fílmicas e seus 
códigos, proporcionando assim possíveis reproduções da realidade.
Porém, a realidade nas escolas e o despreparo dos professores com o uso 
das tecnologias midiáticas em sala tem revelado uma dificuldade para que o 
método aplicado resulte em êxito. Segundo NAPOLITANO (2011) uso de filmes 
ou documentários não deve ser feito sem planejamento, pois os objetivos não 
serão alcançados. E é justamente neste quesito que o professor precisa esta bem 
qualificado, bem preparado. 
É preciso que as escolas sejam elas públicas ou particulares estejam 
sempre atentas ao uso de tecnologias como o cinema. As vantagens são 
inúmeras e a aplicação adequada dessa metodologia poderá resultar no melhor 
entendimento dos conteúdos e consequentemente melhor rendimento dos 
estudantes. Quando a exposição de conteúdos aliadas ao uso dos filmes é 
utilizado em sala, é possível explorar aspectos como a subjetividade; não vistos 
de forma tão explicita em alguns textos escritos.
Portanto, é importante ressaltar que em um primeiro momento é preciso
reconhecer os benefícios do uso de filmes dentro da escola. É necessário 
também perceber que é preciso preparação e qualificação dos professores, 
principais responsáveis por empregar este método. E em meio a essas 
observações é necessário também estarmos atentos ao uso do cinema para que a 
exibição de filmes não passe de mero entretenimento e possa ser realmente o 
que propõe: uma metodologia didática pedagógica que auxilia o processo de O OLHAR DO PROFESSOR: DESAFIOS E EXITOS COM O USO DO 
CINEMA EM SALA DE AULA
A abordagem de tecnologias midiáticas bem como o uso do cinema em 
sala de aula vem sendo reconhecido ao longo do tempo como recurso didático 
pedagógico importante e eficaz para o ensino de História. Para o engajamento e 
utilização desta pratica no universo escolar o “sujeito” professor não aparece 
apenas como responsável pela inserção desses métodos; bem como é de sua 
responsabilidade disponibilizar aos seus alunos as mais diversas interpretações 
dos filmes exibidos, assim como suas faltas para com as possíveis 
representações do passado, além da incorporação de produções 
cinematográficas alternativas. Segundo Regina Maria Rodrigues Behar:
... o papel do professor de história é disponibilizar as 
versões possíveis do passado, buscando revelar suas 
imperfeições, as lacunas que permitem a critica; e por na
mesa de trabalho, ou seja, na sala de aula, as versões não 
oficiais, inclusive os documentários e ficções alternativos 
ao cinema comercial, fazendo-os dialogar com outros 
textos e problematizando os mesmo, enquanto tentativa 
de ‘verdade’ (BEHAR, 2010, p.302)
A partir das perspectivas apontadas por Behar é possível perceber que o 
desempenho do professor perante as mídias audiovisuais consiga ir além da 
análise interna e externa do filme. A inserção de produções alternativas como 
cinema independente, filmes experimentais em sala de aula, permitem ao 
professor ir além dessas propostas, proporcionando assim um conhecimento 
mais aprofundado do lugar de produção de cada filme, permitido aos seus 
alunos o conhecimento da noção de “espetacularização” que muitas produções 
fazem de “filmes históricos”. Todo esse espetáculo feito em torno dos filmes faz 
com que este aproprie-se do fato histórico, contribuindo mais uma vez para 
reprodução desse estereótipo.II SEMINÁRIO NACIONAL DO ENSINO MÉDIO
PROFISSÃO DOCENTE, CURRÍCULO E NOVAS TECNOLOGIAS |33
A possibilidade da exibição do making of dos filmes é uma alternativa 
apontada por Behar. Ela poderia ser incorporada pelo professor em sala, como 
forma de atestar que o trabalho por trás das grandes telas nos leva a uma 
realidade menos fantasiosa e talvez menos manipulada.
A participação ativa do professor na inclusão de filmes bem como mídias 
audiovisuais na escola exige deste antes de tudo preparação adequada. Para 
que esta metodologia não torne-se vazia levando a um “lugar nenhum”, é 
necessário que o professor tenha, certa ciência das linguagens fílmicas e seus 
códigos, proporcionando assim possíveis reproduções da realidade.
Porém, a realidade nas escolas e o despreparo dos professores com o uso 
das tecnologias midiáticas em sala tem revelado uma dificuldade para que o 
método aplicado resulte em êxito. Segundo NAPOLITANO (2011) uso de filmes 
ou documentários não deve ser feito sem planejamento, pois os objetivos não 
serão alcançados. E é justamente neste quesito que o professor precisa esta bem 
qualificado, bem preparado. 
É preciso que as escolas sejam elas públicas ou particulares estejam 
sempre atentas ao uso de tecnologias como o cinema. As vantagens são 
inúmeras e a aplicação adequada dessa metodologia poderá resultar no melhor 
entendimento dos conteúdos e consequentemente melhor rendimento dos 
estudantes. Quando a exposição de conteúdos aliadas ao uso dos filmes é 
utilizado em sala, é possível explorar aspectos como a subjetividade; não vistos 
de forma tão explicita em alguns textos escritos.
Portanto, é importante ressaltar que em um primeiro momento é preciso
reconhecer os benefícios do uso de filmes dentro da escola. É necessário 
também perceber que é preciso preparação e qualificação dos professores, 
principais responsáveis por empregar este método. E em meio a essas 
observações é necessário também estarmos atentos ao uso do cinema para que a 
exibição de filmes não passe de mero entretenimento e possa ser realmente o 
que propõe: uma metodologia didática pedagógica que auxilia o processo de O OLHAR DO PROFESSOR: DESAFIOS E EXITOS COM O USO DO 
CINEMA EM SALA DE AULA
A abordagem de tecnologias midiáticas bem como o uso do cinema em 
sala de aula vem sendo reconhecido ao longo do tempo como recurso didático 
pedagógico importante e eficaz para o ensino de História. Para o engajamento e 
utilização desta pratica no universo escolar o “sujeito” professor não aparece 
apenas como responsável pela inserção desses métodos; bem como é de sua 
responsabilidade disponibilizar aos seus alunos as mais diversas interpretações 
dos filmes exibidos, assim como suas faltas para com as possíveis 
representações do passado, além da incorporação de produções 
cinematográficas alternativas. Segundo Regina Maria Rodrigues Behar:
... o papel do professor de história é disponibilizar as 
versões possíveis do passado, buscando revelar suas 
imperfeições, as lacunas que permitem a critica; e por na
mesa de trabalho, ou seja, na sala de aula, as versões não 
oficiais, inclusive os documentários e ficções alternativos 
ao cinema comercial, fazendo-os dialogar com outros 
textos e problematizando os mesmo, enquanto tentativa 
de ‘verdade’ (BEHAR, 2010, p.302)
A partir das perspectivas apontadas por Behar é possível perceber que o 
desempenho do professor perante as mídias audiovisuais consiga ir além da 
análise interna e externa do filme. A inserção de produções alternativas como 
cinema independente, filmes experimentais em sala de aula, permitem ao 
professor ir além dessas propostas, proporcionando assim um conhecimento 
mais aprofundado do lugar de produção de cada filme, permitido aos seus 
alunos o conhecimento da noção de “espetacularização” que muitas produções 
fazem de “filmes históricos”. Todo esse espetáculo feito em torno dos filmes faz 
com que este aproprie-se do fato histórico, contribuindo mais uma vez para 
reprodução desse estereótipo.
A possibilidade da exibição do making of dos filmes é uma alternativa 
apontada por Behar. Ela poderia ser incorporada pelo professor em sala, como 
forma de atestar que o trabalho por trás das grandes telas nos leva a uma 
realidade menos fantasiosa e talvez menos manipulada.
A participação ativa do professor na inclusão de filmes bem como mídias 
audiovisuais na escola exige deste antes de tudo preparação adequada. Para 
que esta metodologia não torne-se vazia levando a um “lugar nenhum”, é 
necessário que o professor tenha, certa ciência das linguagens fílmicas e seus 
códigos, proporcionando assim possíveis reproduções da realidade.
Porém, a realidade nas escolas e o despreparo dos professores com o uso 
das tecnologias midiáticas em sala tem revelado uma dificuldade para que o 
método aplicado resulte em êxito. Segundo NAPOLITANO (2011) uso de filmes 
ou documentários não deve ser feito sem planejamento, pois os objetivos não 
serão alcançados. E é justamente neste quesito que o professor precisa esta bem 
qualificado, bem preparado. 
É preciso que as escolas sejam elas públicas ou particulares estejam 
sempre atentas ao uso de tecnologias como o cinema. As vantagens são 
inúmeras e a aplicação adequada dessa metodologia poderá resultar no melhor 
entendimento dos conteúdos e consequentemente melhor rendimento dos 
estudantes. Quando a exposição de conteúdos aliadas ao uso dos filmes é 
utilizado em sala, é possível explorar aspectos como a subjetividade; não vistos 
de forma tão explicita em alguns textos escritos.
Portanto, é importante ressaltar que em um primeiro momento é preciso
reconhecer os benefícios do uso de filmes dentro da escola. É necessário 
também perceber que é preciso preparação e qualificação dos professores, 
principais responsáveis por empregar este método. E em meio a essas 
observações é necessário também estarmos atentos ao uso do cinema para que a 
exibição de filmes não passe de mero entretenimento e possa ser realmente o 
que propõe: uma metodologia didática pedagógica que auxilia o processo de ensino- aprendizagem, contribuindo para o despertar de uma consciência critica 
dos alunos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
As possibilidades de interação entre o ensino de História e as tecnologias 
audiovisuais, traz uma forma inovadora de ensino- aprendizagem, que 
empregada de maneira correta resultará em saldos positivos para o ensino. 
Dessa forma pode-se destacar que o uso de filmes como recurso didáticopedagógico, representa um novo olhar a novas perspectivas que escola 
professores e alunos impõem, olhar este que provoca novas percepções, 
permitindo assim que todos se perguntem sobre o contexto histórico, os sujeitos 
envolvidos na trama e suas ações, os estereótipos que são criados, os efeitos 
produzidos para persuadir do espectador entre muitos outros.
Numa época onde a tecnologia muda constantemente, época onde 
vivemos cercados pelo universo das imagens, é preciso tomar consciência do 
olhar que professores e alunos voltam para os filmes exibidos, é importante 
reconhece-lós como objetos de estudo e não mera ferramenta de 
entretenimento. Conteúdo ministrado em tempo previsto, o olhar critico diante 
das fontes, além do interesse dos alunos perante as obras, faz com que o uso do 
cinema em sala de aula, torne-se um aliado importante para o processo de 
ensino- aprendizagem de História, bem como a incorporação das demais 
disciplinas culminando no processo de interdisciplinaridade.
REFERÊNCIAS 
BEHAR, Regina Maria Rodrigues. Cinema e História: um diálogo 
contemporâneo e suas possibilidades. In: Historiografia e(m) diversidade: artes e 
artimanhas do fazer históricos. Campina Grande: Universidade Estadual da 
Paraíba, 2010, p.295-304.
Cinema e escola: encontros e desencontros. Disponível em: 
<www.revistaescola.abril.com.br>. Acesso em: 09 de Agosto de 2012.
FERRO, Marc. O Filme: Uma contra- análise da sociedade _____In: NORA 
Pierre (org.). História: novos objetos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1975.
FUSARI, José Cherchi. In: São Paulo (Estado) Secretária da Educação. Caderno de cinema do professor: dois∕Secretaria da Educação. Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação. Devanil Tozzi, et AL (Org). – São Paulo: FDE, 
2009. (p.32- 44).
NAPOLITANO, Marcos. In: São Paulo (Estado) Secretária da Educação. 
Caderno de cinema do professor: dois∕Secretaria da Educação. Fundação para o 
Desenvolvimento da Educação. Devanil Tozzi, et AL (Org). – São Paulo: FDE, 
2009 (p.. 10- 31).



sábado, 11 de maio de 2013

DESENHO IMPERIALISTA: TARZAM

 Juliana Falcão



Tarzan surgiu em 1912, uma invenção do escritor norte-americano Edgar Rice Burroughs, e apareceu nos quadrinho no ano de 1929. Para construir o enredo o preparo do escritor foi quase inexistente, ele nunca foi a África e não obteve nenhum estudo detalhado para construir toda a trama, sua maior inspiração, foi apenas, as obras de outros autores que, de certa forma, tinham um vinculo com o que ele queria produzir.

Através dessa justificativa, podemos constatar o quanto o pensamento do imperialismo e do neocolonialismo estava e está fixo na mentalidade das pessoas, pelo fato de passar despercebidos aos olhos não treinados, a estar naturalizado na sociedade.
Apesar de ter ficado abandonado na floresta desde pequeno, ter sido criado por macacos, nunca ter tido um contato real com a sociedade inglesa e com as etiquetas sociais, ele por ser filho de um casal inglês, branco, se tornou superior (o rei da selva). Adjetivos como belo, inteligente, forte são facilmente direcionados por nos telespectadores a ele no momento em que estamos, lendo sua história ou assistindo o seu filme.


No primeiro romance escrito por Burrroughs, Tarzan consegue até aprender a ler e escrever sozinho: ao encontrar a cabana onde os pais biológicos viviam, descobre alguns livros no antigo escritório do pai e começa a tentar decifrar os textos e pratica exercícios de caligrafia. Ou seja, a história de Tarzan reflete uma visão de mundo marcada pelo determinismo biológico (o que está intimamente ligado ao darwinismo social): seriam os genes, a ascendência, é que determinariam o sucesso e não o meio social.

(Túlio Vilela formado em História pela USP é professor da rede pública do Estado de São Paulo).


Tarzan, demostra em seu contexto que apesar das condições em que um homem branco, europeu, e cristão cresça, ele não vai se desviar da “naturalidade” que é dada por Deus que é de serem sempre superiores às demais raças existentes no mundo. Comprovando assim que o negro, por exemplo, é inferior independente do lugar que ele ocupe.



No vídeo Tarzan - Strangers Like Me, do you tube, podemos perceber de forma clara que ele possui uma das principais características de alguém inteligente: a curiosidade. Notando-se a capacidade apurada de capitar as informações de formas claras e concisas, ao ponto de rapidamente conseguir reproduzir de forma plausível o que lhe é ensinado, apesar de sentir medo dos novos objetos que o são apresentado, a sua coragem é bem mais forte. Ela permite que ele continue conhecendo e aprendendo cada vez mais.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

2º Lista de questões: IMPERIALISMO - Parte 3


Cont.
Seleção Prof. Rodolfo
http://historiaonline.com.br 

95. (Pucsp 2006) "Cessara de ser um espaço em branco ou um delicioso mistério - um retalho sobre o qual um garoto podia sonhar sonhos de glória. Tornara-se um lugar tenebroso."
Joseph Conrad. "O coração das trevas". Porto Alegre: LPM, 1997, p.13.
A observação anterior, feita por um personagem do romance de Conrad, de 1902, refere-se à colonização da África por países europeus durante o século XIX. Considerando a experiência histórica dessa colonização, pode-se dizer que as expressões "espaço em branco ou um delicioso mistério" e "um lugar tenebroso" podem se referir, respectivamente, à
a) necessidade de encontrar novas rotas de navegação e à crença de que havia um abismo no mar.
b) disposição de buscar novas aventuras e às inúmeras doenças, inclusive a AIDS, encontradas na África.
c) transformação da África numa zona de influência ocidental e à ausência de recursos minerais no continente.
d) vontade de dominar novos territórios e às ações brutais que envolveram as investidas européias.
e) perspectiva de ampliar as relações diplomáticas e aos problemas climáticos enfrentados pelos europeus.
96. (Uel 2007) "Quando os britânicos chegaram pela primeira vez, Bengala era um dos lugares mais ricos do mundo. Os primeiros mercadores britânicos descreveram-na como um paraíso. [...] Lá havia ricas áreas agrícolas, que produziram um algodão de rara qualidade, e também uma indústria avançada para os padrões da época. Para se ter uma idéia, uma firma indiana construiu, durante as guerras napoleônicas, uma das naus para um almirante inglês. [...] Segundo [Adam] Smith, os ingleses destruíram primeiro a economia agrícola, depois transformaram a carência em fome coletiva. Uma maneira de fazer isso foi transformar terras agrícolas em áreas para a produção de papoulas (já que o ópio era a única coisa que a Grã-Bretanha podia vender à China). Houve então fome em massa em Bengala. [...] A partir do século XVIII, a Grã-Bretanha impôs duras leis tarifárias para impedir que os produtos industrializados indianos competissem com a produção têxtil dos ingleses. Eles tiveram de enfraquecer e destruir as indústrias têxteis indianas, pois a Índia tinha uma relativa vantagem - utilizava um algodão de melhor qualidade, e um sistema industrial, em muitos aspectos, comparável ou superior ao britânico."
Fonte: CHOMSKY, N. "A minoria próspera e a multidão inquieta". Tradução de Mary Grace Figheira Perpétuo. Brasília: UNB, 1999, p. 84-85.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, assinale a afirmativa correta:
a) A política comercial britânica refletia as idéias do liberalismo neo-colonial. Postulavam e realizavam, assim, a total liberdade de produção e comercialização entre metrópoles e colônias.
b) A Grã-Bretanha não abriu os mercados da China com o ópio das papoulas, pois a corte inglesa pressupunha o exercício da ciência e da preservação da conduta humana na constituição básica da civilização e dos direitos frente aos povos de outros continentes.
c) A acumulação primitiva de capital advinda da abertura das terras públicas, como exemplo de liberdade de competição entre os camponeses, para o desenvolvimento da economia agrária, foi um dos fatores principais para a Revolução Industrial.
d) A indústria têxtil inglesa e a Companhia de Navegação das Índias Orientais estabeleceram um ramo comercial e fabril articulado ao poder monárquico, impondo uma legislação de tarifas aduaneiras às outras metrópoles, impedindo-as de terem uma economia agrícola.
e) O processo histórico de constituição do capitalismo britânico representou, para as suas colônias na Ásia, uma destruição dos sistemas econômicos autóctones.
97. (Ufsm 2005)
As figuras expressam duas dimensões do processo histórico africano desde o século XX.
Considerando esse processo, assinale V nas características verdadeiras ou F nas falsas.
( ) A África adquiriu grande importância para a Europa no século XIX, devido às matérias-primas e alimentos que podia fornecer.
( ) Muitos exploradores contribuíram para a expansão do poder europeu na África, ao efetivarem o que eles entendiam como missão civilizadora nas terras africanas.
( ) A expansão do cristianismo na África contribuiu para humanizar o colonialismo europeu e proteger os povos nativos da ganância dos empresários.
( ) A partilha da África em 1884-1885 representou um pacto das potências européias para a preservação da integridade dos povos e das culturas nativas.
A seqüência correta
a) F - V - F - V.
b) V - F - V - F.
c) F - F - V - V.
d) F - V - V - F.
e) V - V - F - F.
98. (Ufc 2007) A partir das últimas décadas do século XIX, uma nova onda colonialista levou à partilha quase total da África e da Ásia entre países industrializados. Sobre esta fase imperialista, é correto afirmar que foi motivada fundamentalmente:
a) pelo interesse de importar bens manufaturados da Índia, China e África islâmica e foi estimulada pelos países industriais emergentes: Bélgica, Alemanha e Japão.
b) pela política religiosa e missionária de difundir o cristianismo no mundo e foi liderada pelos países católicos europeus, como a França e a Bélgica.
c) pela exigência do conhecimento científico positivista de ocupar os territórios a serem estudados e foi impulsionada pela Grã-Bretanha.
d) pela necessidade de adquirir facilmente matéria-prima a baixo custo e foi facilitada pela política imperialista dos Estados Unidos.
e) pelo interesse de continuar a expandir o capitalismo num período de crise e teve à sua frente a França e a Grã-Bretanha.
99. (Pucpr 2007) Um dos fatores decisivos para as rivalidades políticas da segunda metade do século XIX foi:
a) o apoio da Inglaterra à emancipação política da América Latina.
b) as disputas entre Estados católicos e Estados protestantes.
c) as divergências entre capitalistas e socialistas utópicos no que dizia respeito às conduções dos negócios do Estado.
d) a disputa colonial e o parcelamento dos continentes.
e) a luta entre Estados com regime constitucional e os que defendiam o Absolutismo.
100. (Ufmg 2007) "Na história da África jamais se sucederam tantas e tão rápidas mudanças como durante o período entre 1880 e 1935. Na verdade, as mudanças mais importantes, mais espetaculares - e também mais trágicas -, ocorreram num lapso de tempo bem mais curto, de 1880 a 1910, marcado pela conquista e ocupação de quase todo o continente africano pelas potências imperialistas e, depois, pela instauração do sistema colonial. A fase posterior a 1910 caracterizou-se essencialmente pela consolidação e exploração do sistema."
BOAHEN, Albert Adu. "História geral da África". VII. A África sob dominação colonial, 1880-1935. São Paulo: Ática/Unesco, 1991. p. 25.
Considerando-se o contexto da colonização européia da África, é CORRETO afirmar que
a) a demarcação das fronteiras entre as diferentes colônias respeitou as divisões territoriais previamente existentes entre as etnias africanas.
b) a derrota da Alemanha na Primeira Guerra implicou a concessão de independência aos territórios por ela colonizados, sob a proteção da ONU.
c) essa colonização resultou em decréscimo da população africana, devido à intensa exploração dos recursos humanos e materiais.
d) os Estados europeus, embora negassem oficialmente a escravidão, adotavam trabalho compulsório em alguns territórios coloniais.
101. (Puc-rio 2007) "...Nós conquistamos a África pelas armas... temos direito de nos glorificarmos, pois após ter destruído a pirataria no Mediterrâneo, cuja existência no século XIX é uma vergonha para a Europa inteira, agora temos outra missão não menos meritória, de fazer penetrar a civilização num continente que ficou para trás..."
("Da influência civilizadora das ciências aplicadas às artes e às indústrias". Revue Scientifique, 1889)
A partir da citação anterior e de seus conhecimentos acerca do tema, examine as afirmativas a seguir.
I - A idéia de levar a civilização aos povos considerados bárbaros estava presente no discurso dos que defendiam a política imperialista.
II - Aquela não era a primeira vez que o continente africano era alvo dos interesses europeus.
III - Uma das preocupações dos países, como a França, que participavam da expansão imperialista, era justificar a ocupação dos territórios apresentando os melhoramentos materiais que beneficiariam as populações nativas.
IV - Para os editores da Revue Scientifique (Revista Científica), civilizar consistia em retirar o continente africano da condição de atraso em relação à Europa.
Assinale a alternativa correta.
a) Somente a afirmativa IV está correta.
b) Somente as afirmativas II e IV estão corretas.
c) Somente as afirmativas I e III estão corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
e) Todas as afirmativas estão corretas.
102. (Ufpel 2007) Em 1887 o Vietnã passou a ser, oficialmente, uma colônia, situada na Península da Indochina e era fornecedora de arroz, borracha e madeira para o mercado europeu, nos moldes do modelo imperialista implantado pelas grandes nações capitalistas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, foi fundada a Liga para a Independência do Vietnã (Vietminh), de orientação socialista e liderada por Ho Chi Minh.
Depoimento do advogado português Jorge Santos, In: RODRIGUES, Urbano Tavares (org.). "A Guerra do Vietname". Lisboa: Estampa, 1968.
A colonização referida foi efetivada no século XIX, pelo seguinte país:
a) China.
b) Japão.
c) Estados Unidos.
d) Inglaterra.
e) França.
103. (Uepg 2008) Essa repartição do mundo entre um pequeno número de Estados foi a expressão mais espetacular da crescente divisão do planeta em fortes e fracos, em "avançados e atrasados". Entre 1876 e 1915, cerca de um quarto da superfície do globo foi distribuído ou redistribuído, como colônia, entre meia dúzia de Estados.
(adaptado de E. Hobsbawm. "A Era dos Impérios")
A respeito do imperialismo, de que trata este texto, assinale o que for correto.
(01) Os maiores beneficiados neste processo foram as empresas européias e norte-americanas, que passaram a financiar a exploração de minas, a monocultura, a eletrificação de cidades e a construção de pontes, portos, canais e ferrovias, a fim de favorecer o setor exportador de cada região sob sua influência.
(02) Para justificar suas ações, o neocolonialismo caracterizava-se como uma missão, cujo dever moral era acabar com as doenças tropicais, com o canibalismo, o escravismo e o paganismo, levando a higiene, a instrução, o cristianismo, a ciência, enfim, o progresso aos "povos atrasados".
(04) A posse de colônias significava ter o status de potência. Isso gerou uma tensão permanente entre os países colonizadores, devida à divisão desigual das áreas de dominação. Países como a Alemanha e a Itália ficaram insatisfeitos com a parte que lhes coube na divisão colonial, o que provocou a ruptura do equilíbrio europeu.
(08) O sistema imperialista foi responsável pelo desenvolvimento dos países colonizados e sua inserção no processo civilizatório europeu e norte-americano.
(16) O traço original do capitalismo foi o investimento de capitais e a criação de filiais. Assim, as relações capitalistas foram se distribuindo por todo o planeta.
104. (G1 - cftsc 2008) "[...] o sentimento político contra nós na Índia, como estrangeiros e destruidores de tantas raças e estados, é o forte [...] O sentimento religioso contra nós e, em particular, o sentimento religioso dos maometanos, é um elemento ainda mais perigoso".
(REZENDE, A. P.; DIDIER, M. T. "Rumos da História: novos tempos: o Brasil". São
Paulo: Atual, 2005. p. 446).
O texto anterior é uma transcrição do depoimento de Charles Trevelyan, funcionário britânico. Após sua leitura, podemos afirmar:
a) Subjugados pela dominação britânica, os indianos estavam excluídos das decisões políticas,
mas isso não significava que eles aceitassem passivamente essa condição.
b) O domínio britânico tornou a Índia economicamente dependente, mas não excluiu os
indianos da política institucional.
c) Os governantes britânicos ignoravam completamente a insatisfação dos indianos com relação à dominação britânica.
d) Os governantes britânicos consideravam as especificidades culturais dos territórios ocupados.
e) A coroa britânica nunca subjugou os indianos, eles é que se sentiam inferiores.
105. (Ufrgs 2008) Assinale a alternativa correta em relação à expansão imperialista observada entre meados do século XIX e a Primeira Guerra Mundial.
a) A Inglaterra foi o maior império da época, possuindo colônias, domínios e protetorados em vários continentes.
b) Os norte-americanos, mesmo apoiados pela Doutrina Monroe, não souberam estabelecer áreas de influência no restante da América.
c) A África permanecia como protetorado de Portugal e da Espanha.
d) A França, após cerca de meia década de lutas, reconheceu a sua derrota em Saigon e no Camboja.
e) O Japão aliou-se à China e à Coreia para tentar resistir às potências europeias.
106. (Puc-rio 2009) A caricatura a seguir representa de forma satírica a expansão imperialista na Ásia por parte dos Estados Unidos (tio Sam), da Grã Bretanha (leão), da França (galo), da Alemanha (águia imperial germânica) e da Rússia (urso siberiano). Com base em seus conhecimentos e a partir da imagem, é possível afirmar que ela se refere:
a) à disputa pela Coréia, na primeira guerra sino-japonesa (1894/95) e na guerra entre Japão e o Império Russo (1905).
b) à divisão de parte da China em áreas de influência europeia, bem como à reivindicação americana de também se beneficiar com a abertura dos portos chineses.
c) à Revolta dos Cipaios, sufocada pelas potências europeias e pelo Japão no século XIX, de modo a abrir caminho para a penetração imperialista na China.
d) à imposição de tratados desiguais à China (como o Tratado de Nanquim) por meio de ameaça de bombardeio por parte do navio US Mississipi do Comodoro Perry (1853), com o objetivo de forçar a abertura dos portos daquele país.
e) à força expedicionária de várias nações que sufoca o levante dos Boxers (1900/1901), derruba o governo Manchu e estabelece uma República.
107. (Pucpr 2009) A partir da segunda metade do século XIX, as potências européias começaram a disputar áreas coloniais na África, na Ásia e na Oceania. Seus objetivos eram a busca por fontes de matérias-primas, mercado consumidor, mão-de-obra e oportunidades para investimento. As justificativas morais para essa colonização, no entanto, estavam relacionadas com o que se chamava de darwinismo social, cujo significado é:
a) O homem branco tinha a tarefa de cristianizar as populações pagãs de outros continentes, resgatando-as de religiões animistas e de práticas antropofágicas.
b) O homem branco de origem européia estava imbuído de uma missão civilizadora, através da qual deveria levar para seus irmãos de outras cores, incapazes de fazer isso por si mesmos, as vantagens da civilização e do progresso, resgatando-os da barbárie e do atraso aos quais estavam submetidos.
c) Os colonizadores europeus tinham a tarefa de ensinar os princípios fundamentais da democracia, ensinando aos povos colonizados o processo de governo democrático, permitindo-lhes se afastar de governos tirânicos e autocratas.
d) A colonização tinha como tarefa repassar aos povos colonizados os fundamentos da economia capitalista, para que eles mesmos pudessem gerenciar as riquezas de seus territórios e, com isso, possibilitar o desenvolvimento social de seu país.
e) Estudar, segundo uma perspectiva antropológica, a organização das sociedades colonizadas, conhecer seus princípios religiosos, políticos, culturais e sociais, com o objetivo de ajudar a preservá-los.
108. (Pucrs 2006) No interior do sistema de alianças que caracterizava a diplomacia dos conflitos entre as potências imperialistas no começo do século XX, a Inglaterra abandonou a política do "esplêndido isolamento" da era vitoriana (1837-1901), consolidando, através da Tríplice Entente, de 1907, sua aproximação com
a) a Itália e a França.
b) a Rússia e a Áustria.
c) os Estados Unidos e a Rússia.
d) a França e a Rússia.
e) a Áustria e a Itália.
109. (Ufsm 2007) A 2• Revolução Industrial, no período de 1860 a 1910, caracteriza-se por novas tecnologias: o processo Bessemer de transformação do ferro em aço, a criação do dínamo (movido à eletricidade) e do motor a combustão interna (movido por derivados do petróleo).
MELLO, L. I. A. e COSTA, L.C.A. "História Moderna e Contemporânea". São Paulo: Scipione, 1999. p. 201 (texto adaptado)
Essas transformações tecnológicas permitem maior produtividade e acúmulo de capitais, possibilitando
I. a consolidação das pequenas e médias empresas e o desaparecimento dos conglomerados industriais.
II. o surgimento de grandes bancos, capazes de realizar empréstimos e financiamentos para empreendimentos industriais de grande vulto.
III. a expansão imperialista da Inglaterra na Índia e na China.
IV. a crise do neocolonialismo, uma vez que o acesso à matéria-prima para indústria, assim como garantias para investimentos na Ásia, África e América estão assegurados pelas regras do livre comércio.
Está(ão) correta(s)
a) apenas I.
b) apenas II.
c) apenas II e III.
d) apenas II e IV.
e) apenas III e IV.
110. (Fgv 2007) Até hoje se sonha com uma sociedade perfeita, justa e harmoniosa - utópica. No século XIX, o Romantismo produziu muitas utopias, que influenciaram duas correntes ideológicas diferentes: o socialismo e o nacionalismo. A partir de 1848, tais idéias passaram para o campo concreto das lutas sociais na Europa. Já nas novas áreas de domínio colonial, o nascente nacionalismo assumiu o caráter de luta contra a exploração e a presença estrangeira.
Respectivamente, os movimentos que exemplificam o socialismo, o nacionalismo na Europa e o nacionalismo contra o domínio europeu são
a) a Comuna de Paris, a unificação da Alemanha e a Revolta dos Boxers.
b) o ludismo, a independência da Grécia e a Guerra dos Cipaios.
c) a Internacional Socialista, a Revolução do Porto e a Guerra do Ópio.
d) a Revolução Praieira, a independência da Bélgica e a Guerra dos Bôeres.
e) o Cartismo, a unificação da Itália e a Revolução Meiji.
111. (Uff 2003) O final do século XIX anunciou o início do avanço da cultura capitalista por todo o mundo, exatamente no momento em que, na esfera econômica, observavam-se o desemprego e uma crise de subconsumo.
Assinale a opção que apresenta uma das características principais desse avanço.
a) Exportação da crise social motivada pela grande oferta de emprego, favorecendo a presença dos valores europeus na África, Ásia e América Latina e modernizando a vida urbana.
b) Penetração intensa dos valores europeus nas regiões da África, Ásia e América Latina, visível no desenvolvimento urbano dos principais mercados consumidores dessas áreas, que buscavam seguir o modelo de Paris - a mais famosa capital do século XIX.
c) Decadência das políticas escravistas e do domínio oligárquico na África, Ásia e América Latina, abrindo caminho para a aculturação, com o apoio das elites empreendedoras dessas regiões e levando à modernização das cidades.
d) Formulação de políticas assistenciais para as regiões da África, Ásia e América Latina, implementando modos de vida europeus nas grandes cidades já dominadas por interesses americanos e transformando-as em centros dessas ações.
e) Criação de instituições financeiras resultantes de associações monopolistas, que não concentravam seus lucros permitindo novos investimentos na África, Ásia e América Latina. 
112. (Ufpel 2006) "O francês P. Leroy-Beaulieu, professor do
College de France, escreveu em 1891:
'(...) a fundação de colônias é o melhor negócio no qual se possa aplicar os capitais de um velho e rico país, disse o filósofo inglês John Stuart Mill. (...) A colonização é a força expansiva de um povo, é seu poder de reprodução, (...) é a submissão do universo ou de uma vasta parte (...) a um povo que lança os alicerces de sua grandeza no futuro, e de sua supremacia no futuro. (...) Não é natural, nem justo, que os países civilizados ocidentais se amontoem indefinidamente e se asfixiem nos espaços restritos que foram suas primeiras moradas, que neles acumulem as maravilhas das ciências, das artes, da civilização, que eles vejam, por falta de aplicações remuneradas, os ganhos dos capitais em seus países, e que deixem talvez a metade do mundo a pequenos grupos de ignorantes, impotentes, verdadeiras crianças débeis, dispersas em superfícies incomensuráveis'."
SCHMIDT, Mário Furley. "Nova história crítica". São Paulo: Nova Geração, 1999.
O texto caracteriza a ideologia e a prática do
a) mercantilismo, durante a expansão marítima na Revolução Comercial.
b) iluminismo da burguesia financeira, durante a Expansão Marítima.
c) imperialismo europeu, na Idade Moderna, quando da partilha da América, da África e da Ásia.
d) capitalismo industrial, originário da Europa, nos séculos XVI e XVII, as quais legitimaram o escravismo colonial.
e) etnocentrismo da burguesia industrial na fase do capitalismo imperialista.
113. (Pucmg 2009) As mudanças do sistema capitalista a partir de 1870/1880, nas sociedades mais industrializadas, tiveram como característica principal:
a) Fortalecimento da democracia como regime mais racional na condução dos povos civilizados.
b) Fortalecimento das práticas de livre-cambismo devido à concorrência perfeita desenvolvida no capitalismo da época.
c) Aumento da concentração e da centralização do capital monopolista dentro da lógica do imperialismo.
d) Aparecimento de uma nova esquerda, fundadora de uma ética mais humanista e voltada para os interesses populares.
114. (Ufg 2007) Leia o trecho do artigo de Demétrio Magnoli.
As etnias hutus e tutsis foram inventadas pelo poder colonial europeu, que encontrou uma sociedade organizada em torno de um rei de caráter sagrado, cuja autoridade se baseava numa aristocracia de proprietários de rebanhos (os tutsis) que subordinava a massa de camponeses (os hutus). Toda sociedade ligava-se por laços de dependência pessoal, que asseguravam certa coesão. Tudo começou com o censo, que registrou as duas "etnias". Em 1926, o governo colonial emitiu documentos de identidade com rótulos "tutsi" e "hutu". Manuais vulgares repetem, até hoje, narrativas históricas que opõem as etnias, usando, para tanto, razões científicas.
MAGNOLI, D. O país das cotas e do genocídio. "Folha de S. Paulo", 19 ago. 2005. Ilustrada. [Adaptado].
O autor discute a relação entre os dois grupos envolvidos no conflito ocorrido em 1994, em Ruanda. Sobre a emergência desse conflito contemporâneo, pode-se afirmar que
a) o desacordo era anterior ao colonialismo, pois historicamente tutsis e hutus disputavam a posse da terra.
b) a distinção entre tutsis e hutus reforçou a oposição ao domínio colonial europeu.
c) o discurso histórico desqualificou a sacralidade da figura real, induzindo os grupos à rivalidade.
d) a exploração dos proprietários de rebanhos sobre os camponeses definia as relações étnicas.
e) as identificações étnicas, patrocinadas por ação governamental, fermentaram o conflito e o massacre. 
115. (Enem 2008) William James Herschel, coletor do governo inglês, iniciou na Índia seus estudos sobre as impressões digitais que firmavam com o governo. Essas impressões serviam de assinatura. Aplicou-as, então, aos registros de falecimentos e usou esse processo nas prisões inglesas, na Índia, para reconhecimento dos fugitivos. Henry Faulds, outro inglês, médico de hospital em Tóquio, contribuiu para o estudo da datiloscopia. Examinando impressões digitais em peças de cerâmica pré-histórica japonesa, previu a possibilidade de se descobrir um criminoso pela identificação das linhas papilares e preconizou uma técnica para a tomada de impressões digitais, utilizando-se de uma placa de estanho e de tinta de imprensa.
Internet: <www.fo.usp.br> (com adaptações)
Que tipo de relação orientava os esforços que levaram à descoberta das impressões digitais pelos ingleses e, posteriormente, à sua utilização nos dois países asiáticos?
a) De fraternidade, já que ambos visavam os mesmos fins, ou seja, autenticar contratos.
b) De dominação, já que os nativos puderam identificar os ingleses falecidos com mais facilidade.
c) De controle cultural, já que Faulds usou a técnica para libertar os detidos nas prisões japonesas.
d) De colonizador-colonizado, já que na Índia, a invenção foi usada em favor dos interesses da coroa inglesa.
e) De médico-paciente, já que Faulds trabalhava em um hospital de Tóquio. 


GABARITO

95. [D]
96. [E]
97. [E]
98. [E]
99. [D]
100. [D]
101. [E]
102. [E]
103. 1 + 2 + 4 + 16 = 23
104. [A]
105. [A]
106. [B]
107. [B]
108. [D]
109. [C]
110. [A]
111. [B]
112. [E]
113. [C]
114. [E]
115. [D]